A principio o reajuste de 8,32% calculado de formar linear beneficia os professores do ensino médio, ficando os educadores de nível superior com 2,5% do reajuste. Conforme explicou a técnica da Secretaria Municipal de Educação, a professora e também vereadora Iracilda Saraiva, o problema é que o município não pode fugir das normas estabelecidas por lei, mesmo sabendo que os mais prejudicados são os professores de nível superior. Porém, a situação não pode continuar dessa forma, se não daqui a pouco os educadores do ensino médio estarão ganhando mais do que os pós-graduados, o que de fato não seria justo.
Iracilda explicou ainda que o reajuste salarial é calculado em cima de uma tabela, de forma linear, que tem prejudicado principalmente os docentes de nível superior. O imbróglio será solucionado em definitivo com a implantação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC), que inclusive já se encontra nos seus finalmentes.
Presente na sessão, o prefeito Adailton Macedo, que por sinal jamais se esquivou dos seus compromissos e obrigações disse tá pagando um preço muito alto pelo fato de sempre querer melhorar o salário dos professores, mas que infelizmente quando cai a receita do município automaticamente diminui os recursos da Educação.
Adailton falou que tudo que ele mais deseja é colocar o salário do professor num patamar que quando ele (professor) vier a se aposentar, não receba apenas um salário mínimo como acontece ainda hoje, pois isso é uma vergonha, discorreu o prefeito. Acrescentou também que nunca viu na história de Aurora, um prefeito sentar com os professores para discutir aumento salarial, mas que na gestão dele (Adailton Macedo) será sempre um prazer conversar e discutir todos os assuntos de interesse da classe, pois é dessa forma que ele gosta de trabalhar.
O prefeito também fez menção ao Plano de Cargos e Carreiras dos professores, pedindo que seja feita uma reformulação mais simplificada possível, para que não aconteça o que está ocorrendo hoje com o reajuste salarial da classe.
A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e secretária da casa legislativa, Lucimar Fernandes (Nininha), disse que mesmo sabendo que o reajuste salarial de 8,32% beneficiaria exclusivamente os professores do ensino médio, o projeto não poderia deixar de ser votado, pois a culpa não é deles, mais sim de uma tabela que estabelece que o reajuste aconteça de forma linear.
Nininha disse ainda que sua classe tem que ser mais unida e participativa, pois a maioria dos professores só sabem reivindicar (cobrar). E, quando é pra sentar e discutir assuntos pertinentes a classe, poucos aparecem.
Depois de aproximadamente 2 horas de reunião, o presidente da casa vereador Chico Henrique, pediu aos colegas a dispensa das comissões permanentes, colocando em seguida o projeto em votação – aprovado por unanimidade.